MORTE
Como não pensei nisso antes? Estou completa e fielmente
cordato a Ela; nada excepcional, é tão somente o outro
lado do abismo, oposto de onde hora me encontro, a outra
face da mesma moeda desse extrato a que chamamos
Vida. Nada a temer, muito ao contrário, em essência
não há nada desconhecido, nem lá, menos aqui.
30.05.2013
sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
EX
Na tarde morna em tuas águas me banho
Tua pele reluzindo um sol de diamantes,
O céu se abrindo em rebanhos de nuvens brancas,
Quase creio na felicidade a teu lado por alguns instantes.
Mas nada disso é verdade
Nem a tarde, nem as tuas águas
Nem o sol, nem tua pele dourada
Nem o brilho nem os diamantes;
Todo relume nesta tarde são mentiras.
Nada mais, nada menos
Inúteis recordações de um ex-amante.
16.05.2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
RACIONAL
Jesus chorou naquela parada
Ao canto dispara a palavra Mano Brown
Dentro do bar cercado de som e fumaça
Vozes de saída e chegada
O movimento crescendo o alarido
Na grelha a carne assando a fome
Se espalhando pela praça a alegria.
Mas não é porque Jesus chorou,
O ambiente lotado de gente,
Que vou chorar agora,
O vento carregando em sua asa uma lágrima,
O som de um soluço e a pergunta averbada:
O que faz o vento?
Acaso de verdade o vento gargalha e chora
Ou será possível que tudo quanto carrega são tempestades?
Não sou o vento
Não carrego mistérios
De palavras e rimas vivo impregnado,
Sou água que ao vento se mistura
Se alastra e se derrama,
E sobe aos montes
E se eleva às montanhas
E nas manhãs quentes se regala e volta ao mar.
E já são outros os tempos
Outras venturas
Outra a porta de entrada
Saída levando a um colo negro
Ou branco o peito de aureólas rosadas
Bicos intumescidos ao céu por serem beijados
Outras ondas douradas dobradas onde o vento faz a curva
Neste bar em volta o mundo brilhando na fumaça,
Não há porque chorar agora
Racionais rodando na vitrola do bar,
Jesus chorou.
06.04.2013
METRÔ
Como se fosse uma lacraia
Gorda grande impossível lacraia
Inumeraveis pares de pernas
Cabeças incontáveis,
Todos homens e mulheres
Estranho ritual
Nas chamadas estações acontece.
Este chegando
Aquele partindo
Aqueloutro perdido
Todos
Gado gente dramas
Todos com um único sentido,
Entrar nalgum vagão
Chegar
Logo
Ao seu destino.
23.04.2013
Como se fosse uma lacraia
Gorda grande impossível lacraia
Inumeraveis pares de pernas
Cabeças incontáveis,
Todos homens e mulheres
Estranho ritual
Nas chamadas estações acontece.
Este chegando
Aquele partindo
Aqueloutro perdido
Todos
Gado gente dramas
Todos com um único sentido,
Entrar nalgum vagão
Chegar
Logo
Ao seu destino.
23.04.2013
MARCA
Igual fossem jóias expostas em vitrine de joalheria
Não exibirei aqui minhas pústulas e feridas
Nem as cicatrizes domadas ao longo do tempo.
Não, não exporei aqui,
Desfiadas as palavras em duvidosos versos,
Desdobrada a língua em paradoxo
Convexo que não se encaixa no côncavo
Feito um fóssil antigo
Suportar a dor.
Não.
Discreta amante eu grito
Silenciosa e madura
Vou deixar que se deite e levante comigo
E calado
Suporta a dor.
19.04.2013
Igual fossem jóias expostas em vitrine de joalheria
Não exibirei aqui minhas pústulas e feridas
Nem as cicatrizes domadas ao longo do tempo.
Não, não exporei aqui,
Desfiadas as palavras em duvidosos versos,
Desdobrada a língua em paradoxo
Convexo que não se encaixa no côncavo
Feito um fóssil antigo
Suportar a dor.
Não.
Discreta amante eu grito
Silenciosa e madura
Vou deixar que se deite e levante comigo
E calado
Suporta a dor.
19.04.2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
NINFANTIGA
O que sei de ti se resume a um único dia,
O mesmo dia em que te soube mal-amada
E de assim sê-lo e vingada vontade
Feito um selo que se cola com cuspe numa carta,
Assim selaste igual se selam cavalos e se monta,
Assim pregaste seis amantes à tua cama,
E a todos foste promíscua e fiel,
Um infiel a cada dia da semana.
O que sei de ti é isso e mais nada
Insaciável de pé sentada de costas ou deitada,
Que viajas neves, torrentes d'água
Montanhas, vales, tormentas,
De navio, avião, de carro e barco
Nas estradas de ferro, nos distantes lugares,
E que sabes de pássaros e árvores da mata,
E que indicas da bússola qual norte sentido.
É isso o que sei de ti,
Que ensinas caminhos tortuosos,
Mas da viagem mesma não sabes de ti a direção.
É o que sei de ti,
E é o bastante,
Mais nada.
10.04.2013
O que sei de ti se resume a um único dia,
O mesmo dia em que te soube mal-amada
E de assim sê-lo e vingada vontade
Feito um selo que se cola com cuspe numa carta,
Assim selaste igual se selam cavalos e se monta,
Assim pregaste seis amantes à tua cama,
E a todos foste promíscua e fiel,
Um infiel a cada dia da semana.
O que sei de ti é isso e mais nada
Insaciável de pé sentada de costas ou deitada,
Que viajas neves, torrentes d'água
Montanhas, vales, tormentas,
De navio, avião, de carro e barco
Nas estradas de ferro, nos distantes lugares,
E que sabes de pássaros e árvores da mata,
E que indicas da bússola qual norte sentido.
É isso o que sei de ti,
Que ensinas caminhos tortuosos,
Mas da viagem mesma não sabes de ti a direção.
É o que sei de ti,
E é o bastante,
Mais nada.
10.04.2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
segunda-feira, 13 de maio de 2013
PALAVRAS
Em punho firme a mão na caneta escreve
A angústia, a dor, o desassossego
A insatisfação, o vazio, a escuridão
A desordem, o desarranjo, a instabilidade
A fraqueza, a doença, o desprezo
A solidão, o desamparo, o abandono
O esquecimento, a agonia, o desespero
A inquietação, a espera, o torpor
A queda, o desastre, a incerteza
A falência, o desagregar, a desconfiança
A irritação, o choque, o desinteresse
A separação, a perda, a fuga
A ausência, a traição, o verbo.
Por vezes há alguma coisa de concreta nas palavras.
As palavras tem a concretude de quem as sente.
13.05.2013
sábado, 11 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
segunda-feira, 6 de maio de 2013
MUSA
Eu vou te fazer uma canção de amor.
Uma canção que fale a língua das coisas naturais,
Tão naturais quanto casais se beijando
Tão intenso e repleto de frescor quanto um abraço
Aquele abraço de reencontro de distâncias prolongadas;
Uma canção de amor assim
Que te envolva como um persistente pensamento,
Uma canção descabida de um amante enfeitado de cicatrizes,
Uma canção que fale de serras e rios a beira-mar
Naves brancas perdidas nas franjas das montanhas
Verdes visões do vale com gotas de catedrais ao longe,
E bandeiras de seda pregadas ao céu
Alegria de festas de arrelia no interior das coisas.
Vou te dar uma canção
Água doce água de nascente a dar de beber
Aquela mesma sede de um ao outro beber dos amantes
Aquela mesma sede que precede cada um dos teus beijos
E de novo beber do teu beijo para estar sedento outra vez.
Sim, amada,
Far-te-ei uma canção
Floresta molhada em chuva quente de verão,
Mar aberto em cais para partida de nós
Uma canção em que partirei meu coração em dois,
Uma parte para mais te amar
E outra para te amar de novo e ainda mais,
Uma canção que fale da luz das estrelas em teu olhar
E fale das estradas, descaminhos e desvios
E tantos outros desvãos que me trouxeram você.
Vou te fazer uma canção de amor e cantar
As flores casadas aos pares pendendo das árvores
As planícies diante de nossas retinas vazadas de êxtase
No horizonte a marca do além onde iríamos chegar.
E vou falar de estarmos à magia da luz de velas
Um ao outro se comendo com olhos de cobiça.
Vou cantar versos
E ainda que pobres de rima e ritmo
Versos que cantem o pôr-do-sol
E que digam
É preciso que a semente se ponha sob a terra,
E venha à luz a luz da flor amarelo d'ouro da luz.
Vou escrever uma flor nos teus cabelos,
O sopro dos meus lábios nos teus,
Uma canção de amor vou te esrever
Igual viagem de núpcias,
Daquelas que fazem memória-morada em nós,
Aquela mesma viagem de augustas lembranças,
Quiça para consolação dos dias tardios.
Vou te fazer uma canção de amor,
Uma canção com palavras delicadas,
Violeta, carícia, sopro, pluma, calor
E uma única e insubstituível rima:
-Eu e você.
06.05.2013
Eu vou te fazer uma canção de amor.
Uma canção que fale a língua das coisas naturais,
Tão naturais quanto casais se beijando
Tão intenso e repleto de frescor quanto um abraço
Aquele abraço de reencontro de distâncias prolongadas;
Uma canção de amor assim
Que te envolva como um persistente pensamento,
Uma canção descabida de um amante enfeitado de cicatrizes,
Uma canção que fale de serras e rios a beira-mar
Naves brancas perdidas nas franjas das montanhas
Verdes visões do vale com gotas de catedrais ao longe,
E bandeiras de seda pregadas ao céu
Alegria de festas de arrelia no interior das coisas.
Vou te dar uma canção
Água doce água de nascente a dar de beber
Aquela mesma sede de um ao outro beber dos amantes
Aquela mesma sede que precede cada um dos teus beijos
E de novo beber do teu beijo para estar sedento outra vez.
Sim, amada,
Far-te-ei uma canção
Floresta molhada em chuva quente de verão,
Mar aberto em cais para partida de nós
Uma canção em que partirei meu coração em dois,
Uma parte para mais te amar
E outra para te amar de novo e ainda mais,
Uma canção que fale da luz das estrelas em teu olhar
E fale das estradas, descaminhos e desvios
E tantos outros desvãos que me trouxeram você.
Vou te fazer uma canção de amor e cantar
As flores casadas aos pares pendendo das árvores
As planícies diante de nossas retinas vazadas de êxtase
No horizonte a marca do além onde iríamos chegar.
E vou falar de estarmos à magia da luz de velas
Um ao outro se comendo com olhos de cobiça.
Vou cantar versos
E ainda que pobres de rima e ritmo
Versos que cantem o pôr-do-sol
E que digam
É preciso que a semente se ponha sob a terra,
E venha à luz a luz da flor amarelo d'ouro da luz.
Vou escrever uma flor nos teus cabelos,
O sopro dos meus lábios nos teus,
Uma canção de amor vou te esrever
Igual viagem de núpcias,
Daquelas que fazem memória-morada em nós,
Aquela mesma viagem de augustas lembranças,
Quiça para consolação dos dias tardios.
Vou te fazer uma canção de amor,
Uma canção com palavras delicadas,
Violeta, carícia, sopro, pluma, calor
E uma única e insubstituível rima:
-Eu e você.
06.05.2013
Eu vou te fazer uma canção de amor.
Uma canção que fale a língua das coisas naturais,
Tão naturais quanto casais se beijando
Tão intensa e repleta de frescor quanto um abraço
Aquele abraço de reencontro de distâncias prolongadas;
Tão naturais quanto casais se beijando
Tão intensa e repleta de frescor quanto um abraço
Aquele abraço de reencontro de distâncias prolongadas;
Uma canção de amor assim
Que te envolva como um persistente pensamento,
Uma canção descabida de um amante enfeitado de cicatrizes,
Uma canção que fale de serras e rios a beira-mar
Naves brancas perdidas nas franjas das montanhas
Verdes visões do vale com gotas de catedrais ao longe,
E bandeiras de seda pregadas ao céu
Alegria de festas de arrelia no interior das coisas.
Que te envolva como um persistente pensamento,
Uma canção descabida de um amante enfeitado de cicatrizes,
Uma canção que fale de serras e rios a beira-mar
Naves brancas perdidas nas franjas das montanhas
Verdes visões do vale com gotas de catedrais ao longe,
E bandeiras de seda pregadas ao céu
Alegria de festas de arrelia no interior das coisas.
Vou te dar uma canção
Água doce água de nascente a dar de beber
Aquela mesma sede de um ao outro beber dos amantes
Aquela mesma sede que precede cada um dos teus beijos
E de novo beber do teu beijo para estar sedento outra vez.
Água doce água de nascente a dar de beber
Aquela mesma sede de um ao outro beber dos amantes
Aquela mesma sede que precede cada um dos teus beijos
E de novo beber do teu beijo para estar sedento outra vez.
Sim, amada,
Far-te-ei uma canção
Floresta molhada em chuva quente de verão,
Mar aberto em cais para partida de nós
Uma canção em que partirei meu coração em dois,
Uma parte para mais te amar
E outra para te amar de novo e ainda mais,
Uma canção que fale da luz das estrelas em teu olhar
E fale das estradas, descaminhos e desvios
E tantos outros desvãos que me trouxeram você.
Far-te-ei uma canção
Floresta molhada em chuva quente de verão,
Mar aberto em cais para partida de nós
Uma canção em que partirei meu coração em dois,
Uma parte para mais te amar
E outra para te amar de novo e ainda mais,
Uma canção que fale da luz das estrelas em teu olhar
E fale das estradas, descaminhos e desvios
E tantos outros desvãos que me trouxeram você.
Vou te fazer uma canção de amor e cantar
As flores casadas aos pares pendendo das árvores
As planícies diante de nossas retinas vazadas de êxtase
No horizonte a marca do além onde iríamos chegar.
E vou falar de estarmos à magia da luz de velas
Um ao outro se comendo com olhos de cobiça.
As flores casadas aos pares pendendo das árvores
As planícies diante de nossas retinas vazadas de êxtase
No horizonte a marca do além onde iríamos chegar.
E vou falar de estarmos à magia da luz de velas
Um ao outro se comendo com olhos de cobiça.
Vou cantar versos
E ainda que pobres de rima e ritmo
Versos que cantem o pôr-do-sol
E que digam
É preciso que a semente se ponha sob a terra,
E venha à luz a luz da flor amarelo d'ouro da luz.
E ainda que pobres de rima e ritmo
Versos que cantem o pôr-do-sol
E que digam
É preciso que a semente se ponha sob a terra,
E venha à luz a luz da flor amarelo d'ouro da luz.
Vou escrever uma flor nos teus cabelos,
O sopro dos meus lábios nos teus,
Uma canção de amor vou te escrever
Igual viagem de núpcias,
Daquelas que fazem memória-morada em nós,
Aquela mesma viagem de augustas lembranças,
Quiça para consolação dos dias tardios.
O sopro dos meus lábios nos teus,
Uma canção de amor vou te escrever
Igual viagem de núpcias,
Daquelas que fazem memória-morada em nós,
Aquela mesma viagem de augustas lembranças,
Quiça para consolação dos dias tardios.
Vou te fazer uma canção,
Uma canção com palavras delicadas
E com elas todo o meu amor
Vôo pouso asa de borboleta
Carícia, acalanto, sopro, pluma, calor
Pétala de violeta acesa em luz
E uma única precisa preciosa insubstituível rima:
-Você e eu.
Uma canção com palavras delicadas
E com elas todo o meu amor
Vôo pouso asa de borboleta
Carícia, acalanto, sopro, pluma, calor
Pétala de violeta acesa em luz
E uma única precisa preciosa insubstituível rima:
-Você e eu.
01. 10.2016
sábado, 4 de maio de 2013
RECEITA
Quando me dei conta
Foi que vi o quanto era tarde.
Tarde para nós dois, garota,
Que já não tenho mais tempo,
E tarde pra você,
Amazona dos orgasmos divinos,
Aberta a vértebra de tua coluna de seda.
Estava a pensar nestas coisas quando decidi:
E foi uma decisão unânime em mim,
Uma importante decisão:
Fui até a cozinha,
Apanhei sobre a fruteira o livro,
Abri-o na letra Ó,
Omelete de Ouro de Minas
Porção Individual
Ingredientes:
1 xícara de chá bem cheia de farinha de milho amarela
1 ovo
1/2 xícara de leite
Salsa, alho e cebola (opcional)
1 colher de chá de coco ralado seco
Sal - não esqueça da lição do bruxo,
Menos é mais.
Processo:
Coloque o leite em um prato fundo
Junte o ovo gema e clara bata brevemente
Misture a salsa, o sal, a cebola
E o alho, opcional.
Bata todos os ingredientes até virar uma pasta.
Então verás no prato regalado o ouro de Minas,
A massa que derramarás sobre o óleo quente,
Numa mão a frigideira se mexendo,
Na outra a escumadeira a virar o disco de milho.
Douradas as duas faces,
Sirva acompanhada de arroz e alface americana,
Batata palha, queijo,
Pra beber,
Água, coca ou vinho ao gosto e encanto.
Depois de ler a receita,
Sentei-me à mesa e pensei:
Então é assim?
Estranhas, muito esquisitas
Imensas as tragédias que fazemos dela,
A sombra da ausência roçando minha pele.
26.04.2013
Quando me dei conta
Foi que vi o quanto era tarde.
Tarde para nós dois, garota,
Que já não tenho mais tempo,
E tarde pra você,
Amazona dos orgasmos divinos,
Aberta a vértebra de tua coluna de seda.
Estava a pensar nestas coisas quando decidi:
E foi uma decisão unânime em mim,
Uma importante decisão:
Fui até a cozinha,
Apanhei sobre a fruteira o livro,
Abri-o na letra Ó,
Omelete de Ouro de Minas
Porção Individual
Ingredientes:
1 xícara de chá bem cheia de farinha de milho amarela
1 ovo
1/2 xícara de leite
Salsa, alho e cebola (opcional)
1 colher de chá de coco ralado seco
Sal - não esqueça da lição do bruxo,
Menos é mais.
Processo:
Coloque o leite em um prato fundo
Junte o ovo gema e clara bata brevemente
Misture a salsa, o sal, a cebola
E o alho, opcional.
Bata todos os ingredientes até virar uma pasta.
Então verás no prato regalado o ouro de Minas,
A massa que derramarás sobre o óleo quente,
Numa mão a frigideira se mexendo,
Na outra a escumadeira a virar o disco de milho.
Douradas as duas faces,
Sirva acompanhada de arroz e alface americana,
Batata palha, queijo,
Pra beber,
Água, coca ou vinho ao gosto e encanto.
Depois de ler a receita,
Sentei-me à mesa e pensei:
Então é assim?
Estranhas, muito esquisitas
Imensas as tragédias que fazemos dela,
A sombra da ausência roçando minha pele.
26.04.2013
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