PASSAGEIRO
É verdade
Sou pó e ao pó tornarei
Nisto creio
Afinal sou feito de barro.
Agrupamento de células vermelhas e negras
Matéria que ao longo do dia se degenera
E durante a noite, aos cadinhos, se destempera.
É verdade
Sou parte o bem e de outra parte o mal
E muitas vezes me confundo
Uma coisa é outra
E a outra coisa é interrogação.
Sou abismo e incêndios ancestrais
E o fogo que em mim arde
Arde tão profundo quanto a dor dos meus ais.
22.01.2009 **
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