terça-feira, 12 de setembro de 2017

GRAVIDADE DA CARNE

Quando havia em mim  mais juventude
-Que ainda resta e há!-,
E na nudez para baixo eu olhava,
Com clara clareza eu via,
Planície, pico, grossas coxas
E sobre o chão os pés por muito andarem.

Hoje, quando para baixo baixo o olhar
E nu em pelo me vejo,
Só o que vejo é o pejo de uma montanha abaulada.
E mais nada.

11.09.2017

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