Vou vender minhas armas de fogo
Vou fazer dinheiro do 22 que carrego na perna
Do cano curto 38 da cintura vou me desfazer
E a .40 vou doar a uma instituição de caridade.
Vou vender minhas armas brancas
E as negras também venderei
E as vermelhas de sangue
E as amarelas de alegria
As verdes de esperança e nuvem
As lilases de tortura
As anis rodeadas de anéis de céu
As venderei todas
E com nenhuma ficarei
Em mãos que não sejam
A sombra.
Vou vender tudo
Vou vender os pincéis de graça
E como quem ejacula onan ao chão
Vou jogar as tintas todas sobre a face da terra;
E as telas vou vendê-las num sarau-quermesse de puteiro.
Tudo a preço de vai acabar. (E vai mesmo).
O violão darei a um mendigo idiota.
E por último, que eu deveria fazer em primeiro,
Vou largar dessa merda de achar que escrevo poesia.
06.01.2017**
Nenhum comentário:
Postar um comentário