Ficção em cima de ficção
C !
A primeira vez que se viram foi num churrasco em cima de uma laje, cobertura, 3° andar,
A moradia tinha espelho pra todo lado e foi num deles qie primeiro se olharam Os olhos
dos dois faiscaram labaredas de fogo um no outro e ele logo definiu o plano de ataque:
-vô come essa vagabunda, e ela, não menos que no apetite se aguçou pensando -vô
derrubá esse galo preto do poleiro. E cada um foi pro seu canto e o churrasco rolou solto
na laje de cobertura
Nenhum dos dois se deu conta de que estavam acompanhados, ela com ele outro que a fila
com ela anda va sempre, e ele com a mulher, capitã do mato por força de contrato de cartório,
dona de metade do raciocínio ali presente e futuro, se era racional era com ela. Além do mais
ela controlava o whatsapp, facebook etc de todos os componentes da banda, tudo em nome da unidade profissiobal e familiar.
O outro que era dela e de ninguém era sabia quem ela era a mina do capão e deixava a corda
solta: o importante é que a mina do capão descolava uma festas que eram tudo de bom.
Se apresentava como professor de dança de salão, ou personal training, dependendo da
situação.Importante é que se rolasse branca pura pra cheirar, boa erva pra fumar, cachaça pra
beber e carne pra comer, que desse o que viesse e que a mina do capão desse pra quem
quisesse, mbrow inclusive.
12,10,2016
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
CULTURA AMERICANA
O tocador de poesia
Uma lenda só pode ter sido nascida de uma verdade.
Jimi Hendrix, lá pelo meio dos anos 60, andava com um song book
do Bob Dylan debaixo do sovaco como se fosse uma bíblia sagrada.
O cara, que é o Cara, tem 75 anos e ganhou mais uma, jamais
saciada a sede de polêmica alheia.
Ainda surpreenderá.
Mas isso antes de morrer.
Salve, Dylan!
que só dou salve pra quem tá vivo.
14.10.2016
Uma lenda só pode ter sido nascida de uma verdade.
Jimi Hendrix, lá pelo meio dos anos 60, andava com um song book
do Bob Dylan debaixo do sovaco como se fosse uma bíblia sagrada.
O cara, que é o Cara, tem 75 anos e ganhou mais uma, jamais
saciada a sede de polêmica alheia.
Ainda surpreenderá.
Mas isso antes de morrer.
Salve, Dylan!
que só dou salve pra quem tá vivo.
14.10.2016
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
DISFUNÇÃO E TORMENTO
Nem mesmo sei como é,
Mas há instantes em que o percebo,
Amo o ser humano.
E de perceber isso vivo em mim
Aquele instante que era e foi
No mesmo instante -desapareceu.
E uma angústia profunda me invade
Porque me compadeço dos aconteceres
E claro percebo a contraparte em mim,
Ao outro meu igual eu ofendo
E dele me alimento de sentimentos malignos
Olhos de vingança e mastigar de raivas
E outros sentires crus cruéis primitivos pintados de sangue.
E desta angústia vejo com clareza quanta desama se faz
E ai! coitada da palavra humilde em mim
Floresceu em desvios o nosso coito
E os filhos que tivemos têm por nome Orgulho.
E me compadeço até mesmo de mim mesmo
Criatura de alguma coisa provinda igual todo mundo
Que não sei de qual origem é nem de onde veio.
E claro vejo, ainda que veja ao longe, longe
Ser uma criatura humana é uma dura lição.
Quando serei humilde?
Como poderei ser humilde se sei que ser humilde exige mais do que amar o ser humano,
-A isso se chama ausência de vaidade-
Que eu sou o verbo
Mas sei, ao final das contas e na conjugação
Não sou nada
Nada serei
Que tu és
Que ele é
Que nós somos
Que vós sois
Que sei o que és
Que sei quem ele é
Que nós -mesmo a torto e a direito- somos
Que vós sois, etc e tal
Mas, dizei-me vós que sois:
-Quem eles são?
Como amar a cada ser humano?
Como nele se refletir como claro espelho revelado?
Como ser humilde o bastante
Sendo eu mesmo um ser humano?
Só jogo de palavras num xadrez verbal feito de barro e saliva,
Que se eu pudesse mesmo jogaria uma bomba no vizinho
Ao outro calaria a bala o uivar de seus cães e cadelas e o berreiro das gatas no cio
E depois dormiria tranquilo igual a gente imagina que dormem os anjos lá no paraíso.
E acordaria muito muito estranho amanhã,
E a tudo estranharia
Porque não seria o que sou,
Estou bem certo, homem animal que sou,
-Ou antes seria animal-homem
Que não sei o imperador que impera em meus impérios hemisferiais cerebrais:
_Seria o racional ou o irracional?
Já que no mesmo instante em que o digo
-Eu amo o ser humano
Para já no instante seguinte surgir bruta a contradição:
:
Como poderia dar-se isto em sua totalidade
Sendo eu o que sou
-Melhor dito seria que pensa que sabe-
Amar o outro sem uma única rusga que seja
Só de vê-lo, -estremecer-
O outro que sou eu
O ser humano
Amá-lo.
10.10.2016**
Mas há instantes em que o percebo,
Amo o ser humano.
E de perceber isso vivo em mim
Aquele instante que era e foi
No mesmo instante -desapareceu.
E uma angústia profunda me invade
Porque me compadeço dos aconteceres
E claro percebo a contraparte em mim,
Ao outro meu igual eu ofendo
E dele me alimento de sentimentos malignos
Olhos de vingança e mastigar de raivas
E outros sentires crus cruéis primitivos pintados de sangue.
E desta angústia vejo com clareza quanta desama se faz
E ai! coitada da palavra humilde em mim
Floresceu em desvios o nosso coito
E os filhos que tivemos têm por nome Orgulho.
E me compadeço até mesmo de mim mesmo
Criatura de alguma coisa provinda igual todo mundo
Que não sei de qual origem é nem de onde veio.
E claro vejo, ainda que veja ao longe, longe
Ser uma criatura humana é uma dura lição.
Quando serei humilde?
Como poderei ser humilde se sei que ser humilde exige mais do que amar o ser humano,
-A isso se chama ausência de vaidade-
Que eu sou o verbo
Mas sei, ao final das contas e na conjugação
Não sou nada
Nada serei
Que tu és
Que ele é
Que nós somos
Que vós sois
Que sei o que és
Que sei quem ele é
Que nós -mesmo a torto e a direito- somos
Que vós sois, etc e tal
Mas, dizei-me vós que sois:
-Quem eles são?
Como amar a cada ser humano?
Como nele se refletir como claro espelho revelado?
Como ser humilde o bastante
Sendo eu mesmo um ser humano?
Só jogo de palavras num xadrez verbal feito de barro e saliva,
Que se eu pudesse mesmo jogaria uma bomba no vizinho
Ao outro calaria a bala o uivar de seus cães e cadelas e o berreiro das gatas no cio
E depois dormiria tranquilo igual a gente imagina que dormem os anjos lá no paraíso.
E acordaria muito muito estranho amanhã,
E a tudo estranharia
Porque não seria o que sou,
Estou bem certo, homem animal que sou,
-Ou antes seria animal-homem
Que não sei o imperador que impera em meus impérios hemisferiais cerebrais:
_Seria o racional ou o irracional?
Já que no mesmo instante em que o digo
-Eu amo o ser humano
Para já no instante seguinte surgir bruta a contradição:
:
Como poderia dar-se isto em sua totalidade
Sendo eu o que sou
-Melhor dito seria que pensa que sabe-
Amar o outro sem uma única rusga que seja
Só de vê-lo, -estremecer-
O outro que sou eu
O ser humano
Amá-lo.
10.10.2016**
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
POETA
POETA
Acho que me levantei meio bêbado ainda;
Ainda que nada tenha bebido na noite passada.
Sei que tive sonhos turvos,
Pesadelos peso pesados
Porre de poema em linha reta.
Vede que absurdo destino,
Acreditei-me poeta
E quis convencer o mundo inteiro disso e pior:
Gastei suor, lápis, giz,
Decorei prosódia declamei prosopopeia,
Fiz revoluções de bolso acesas em palitos de fósforo,
Desfraldei bandeiras de fogo ao céu e léu
Ao som de hinos febris em letras de sabor gris.
Fui amante das palavras
E por muitas e muitas mulheres amado.
E de ser homem
Nas mulheres fiz filhos e filhas.
E de me fazer poeta
Das minhas amantes -as palavras,
Desgovernei-me em alucinações e escrevi maus versos.
Ainda bem que acordei.
Ô dor de cabeça da porra!
**
Acho que me levantei meio bêbado ainda;
Ainda que nada tenha bebido na noite passada.
Sei que tive sonhos turvos,
Pesadelos peso pesados
Porre de poema em linha reta.
Vede que absurdo destino,
Acreditei-me poeta
E quis convencer o mundo inteiro disso e pior:
Gastei suor, lápis, giz,
Decorei prosódia declamei prosopopeia,
Fiz revoluções de bolso acesas em palitos de fósforo,
Desfraldei bandeiras de fogo ao céu e léu
Ao som de hinos febris em letras de sabor gris.
E por muitas e muitas mulheres amado.
E de ser homem
Nas mulheres fiz filhos e filhas.
E de me fazer poeta
Das minhas amantes -as palavras,
Desgovernei-me em alucinações e escrevi maus versos.
Ainda bem que acordei.
Ô dor de cabeça da porra!
**
domingo, 2 de outubro de 2016
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