quarta-feira, 19 de junho de 2013


PASSAGEIRO

Boiando incertezas
Aparando arestas
A vida líquida e certa:
Para cada minuto vivido
Um minuto a menos contado.

E findado o minuto outra vez soará
Da voz o tonitroante trovão
E o relâmpago em  chicote no estralo 
Talvez por algum deus alucinado
Haverá de ter sido domado, 
Assim como todas as coisas.

E este versos
Aragem de vento
Ao findar o minuto
Já terão sido esquecidos.

09.02.2010

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