Estou às vésperas,
À porta de saída para a partida.
Malas prontas,
Irei para o mais distante possível,
Tão distante que acreditarei estar longe de mim mesmo.
E fora do trânsito sobre o asfalto em fogo
Separado do hálito oleoso da grande cidade
À parte da correria desordenada e inútil
Livre das pressões impossíveis nas tardes imprevisíveis
Liberto das noites vagas e vazias
Afastado das manhãs cansadas e cruéis.
Estou de partida e na véspera.
Amanhã já não estarei mais aqui
E o mar que terei à frente não terá fim,
Líquida lembrança dos dias aqui vividos,
Para sempre vívidos no meu jardim.
08.03.2013
08.03.2013
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