AUSÊNCIA
O silêncio que deixaste em mim
Quatro paredes uma porta para o nada
Para dentro trancada a janela
No escuro da madrugada uma da manhã
Duas três quatro teu espectro impregnado
No assoalho, nos móveis, lençóis, colchão
Em mim dormidos irrealizáveis sonhos, pesadelos
Profundos precipícios em meu caminho,
Vereda de silêncio que pregaste em mim
Tua tão cálida e impossível presença neste cálice
Bebida volátil e de trágico efeito tua ausência
Na imprecisão destas paredes tão irreais
E desta sombra que vive comigo ao meu lado
E desconheço das agulhas flutuantes
O silêncio no tempo breve
Menos que um segundo
De te lembrar a cena
Encena encontro marcado com o silêncio
Ausência marcada
Pedaço de vida renegada,
Jamais vivida.
3 de fevereiro de 2011
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