A vida é tão curta e tão bela:
Coisas estranhas acontecem na minha,
De virar minha cabeça à direita e à esquerda
E nada, não encontrar nada.
Tanto tempo passa, tantas cicatrizes se aquietam,
Tantas amarguras se desdobram em lençóis mais lúcidos e claros.
E mesmo tendo passado o tempo, tanto tempo,
Tenho que confessar, sei, continuo o mesmo,
Vou a todos os lugares, bebo todas as bicas,
E não me acho, em nenhum lugar estou.
Só me acho quando estou longe
Perdido nas imensidões do deserto de mim mesmo.
E por mim e pelas coisas passam as horas,
Que toquei-as, abracei-as, coisa tão rara,
Amei-as como um homem que inventa
a verdade ao amá-las,
Porque juntos bateram nossos corações, porta-a-porta,
Janela-a-janela entreabertas as veias de nosso sangue
Em todas as horas que as vivi, sim, que vivas as vi,
E vivas estão, nítidas como as rosas e os espinhos,
Suaves como as nuvens que flutuantes vão e vem,
Vivas estão, que as vejo em líquidas fotografias,
E as espio pelas esquinas,
Fechaduras virtuais
Desta minha tão aparentemente vida real:
-Sete bilhões de cabeças sobre este grão de poeira molhada,
Sete bilhões de agrupamentos galáxicos
neste fim de fio da teia deste pequeno universo.-
E que felicidade vê-las e sabê-las
As horas todas, vivas, tantas corridas,
Ainda que estranhos destinos se nos destinem,
Outros caminhos, outros os tempos,
Outros os largos dias.
E o tempo se vai
E todas as coisas passam
E nem fica a dúvida, tudo mudou.
O coração, esse guardador de tesouros e outras ferrugens preciosas,
Como tudo, se desgasta.
E morre o brilho dos olhos,
E por fim as pálpebras, cansadas, encerram todos os inúteis segredos
Coisas estranhas acontecem na minha,
De virar minha cabeça à direita e à esquerda
E nada, não encontrar nada.
Tanto tempo passa, tantas cicatrizes se aquietam,
Tantas amarguras se desdobram em lençóis mais lúcidos e claros.
E mesmo tendo passado o tempo, tanto tempo,
Tenho que confessar, sei, continuo o mesmo,
Vou a todos os lugares, bebo todas as bicas,
E não me acho, em nenhum lugar estou.
Só me acho quando estou longe
Perdido nas imensidões do deserto de mim mesmo.
E por mim e pelas coisas passam as horas,
Que toquei-as, abracei-as, coisa tão rara,
Amei-as como um homem que inventa
a verdade ao amá-las,
Porque juntos bateram nossos corações, porta-a-porta,
Janela-a-janela entreabertas as veias de nosso sangue
Em todas as horas que as vivi, sim, que vivas as vi,
E vivas estão, nítidas como as rosas e os espinhos,
Suaves como as nuvens que flutuantes vão e vem,
Vivas estão, que as vejo em líquidas fotografias,
E as espio pelas esquinas,
Fechaduras virtuais
Desta minha tão aparentemente vida real:
-Sete bilhões de cabeças sobre este grão de poeira molhada,
Sete bilhões de agrupamentos galáxicos
neste fim de fio da teia deste pequeno universo.-
E que felicidade vê-las e sabê-las
As horas todas, vivas, tantas corridas,
Ainda que estranhos destinos se nos destinem,
Outros caminhos, outros os tempos,
Outros os largos dias.
E o tempo se vai
E todas as coisas passam
E nem fica a dúvida, tudo mudou.
O coração, esse guardador de tesouros e outras ferrugens preciosas,
Como tudo, se desgasta.
E morre o brilho dos olhos,
E por fim as pálpebras, cansadas, encerram todos os inúteis segredos
9 de fevereiro de 2011 - Pô, e você nem me adicionou.
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