quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


ESTAÇÕES

Ah, então a vida é isso,
Um contínuo passar de estações
As quatro temporais outras tantas virtuais
No entanto tão entranhada na realidade
Da passagem das horas
Da saudade que aumenta sem limites
Do amor que transborda e faz do coração uma ilha
Do saber que morreste em vida
E já és rosa sem viço deitada na pedra de cristal.

E a vida é isso,
Este estar a vagar de estação em estação
Jurubatuba, Presidente Altino
Que elas jamais se acabam
Osasco, Granja Julieta,
E por onde mais se estiver,
Todas as estações onde eu possa chegar a ti,
A teu nome, calor, tua boca, tua língua
Tuas palavras em mim cio estilete e vidro,
Perfuro-cortante a tua ausência em nenhuma estação.

Era só passar por ela e partir,
Mas não, me encantei com a que não há igual
Me encantei à vista da pérola perdida,
Me encantei com a brasa acesa em chamas.

Era passar e ir, 
Mas fiquei,
E agora moro e morro em ti memória,
E desta estação de espera te espero
Que a vida é isso,
Esse passar de estações,
Às vezes parar, descer do trem,
Deitar palavras ao vento,
Amar
E se deixar amar.

E de novo,
Na sombra do vento,
E sempre,
Partir.

5 de abril de 2011

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