ALENTO
Todos os dias te lembro,
E quando as tardes estão ensolaradas de vento
Fantasio-me de estrelas
Dobro as ruas em esquinas
E correndo contra o tempo
Lento desenho sobre a frágil folha de papel
Passos, dança, movimento
Até que me canse e anoiteça.
E de estar a noite rubro-negra
Ao espelho em sombras
Refletido vejo meu rosto
Estático, estátua, tormento
Mosto sem gosto, sumo lamento:
Tua ausência em mim,
Retrato do desalento.
24/05/2011 - 04/07/2011
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