OFÍCIO
E igual um pintor no seu ofício dia-a-dia,
Que por igual preenche a tela com pinceladas de alegria,
Assim gostaria eu,
Pincel por pincel sobre a tua pele deslisar,
A tinta se esparramando e dando cor à tua cor,
Que é tijolo queimado, é barro, é mel,
É âmbar aceso dentro do azul noturno,
E é a delícia menina dos meus olhos
E fruta que enlouquece de sumo minha língua dentro da boca.
E igual poeta que escreve soberbas palavras,
Por igual escreveria sobre todas as linhas já traçadas,
Versos moldados em fogo, prazer e juventude,
E mais não as tivesse,
Outras tantas linhas eu traçaria no ar,
E nelas escreveria outras tantas vezes o teu nome,
De todos,
O mais belo poema.
E assim faço,
De cada dia o ofício dito:
-Pinto no tempo paisagens imaginárias,
Escrevo no vento inventos de um livro diário de viagem.
26.07.2017
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