É quando o silêncio, noite, grande cobertor negro faz se estender sobre as coisas ao redor, cobrindo cadeiras, armários e todos os objetos calados e colados dentro da paisagem noturna.
Madrugada adentro entre o o silêncio das paredes ando, passo salas vazias, atravesso corredores
e o faço como quem quer chegar a algum lugar sem, no entanto, jamais chegar a lugar algum .
E de se abrir o dia em branca folha de papel, o silêncio se desenha invisível e me invade a alma
a clara sensação dos sons que repercutem no ar: cães latindo perto e ao longe, um grito chamando alguém, a rotação de um motor roncando a pressa de passar e já indo longe.
E o silêncio que se me espalha por dentro e no ar, é o silêncio da ausência dela
05.11.2016
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