Eu penso que sou dono da.minha liberdade, e eu não sou dono de nada, que é um jeito de praticar a liberdade.
Eu penso que a liberdade seja ser independente, e que eu possa me levar para onde quero, a hora que quero e com quem eu quero. Então eu não tenho-a, pois dependo do amor de outros para poder sobreviver, e quando penso que posso me levar para onde quiser, percebo que minhas pernas não são o bastante para me levar àquele destino pré definido, pois que dependo de outros para lá chegar e poder viver em liberdade o que se tem por hábito chamar de "liberdade"; e quando penso viajar com quem eu quero, percebo que, quando não tenho que levar alguém por obrigação, quem eu levo nem sempre é quem desejaria de fato ter ao meu lado. Mas eu vivo a liberdade e vou viajar imaginando que isso seja a liberdade.
Eu vivo a liberdade daquilo que penso ser a liberdade. E tudo encerrado numa prisão habitada por desejos, vontades, insatisfações e culpas que jamais poderão ser resolvidas, porque memórias arrancadas à força da minha carne.
Mas, assim como quem enfeita a cabeça com livros ao invés de "enfiá-los" dentro da cabeça, igual faço quando penso que a liberdade está em mim feito as letras que estão soltas impressas no livro. Ledo engano!, as palavras estão atadas com precisão cirúrgica ao papel, e ainda vejo, a liberdade não é um doce enlatado que se come depois de passado o aniversário, pois que todo gosto e prazer de todo açucar se acabam, tenha você o comido antes, durante ou depois daquele ocorrido. A liberdade permanece e se transmuta. A minha liberdade de ontem não é a mesma de hoje. Hoje posso não me dar à mesma liberdade de amar um pessoa igual ontem eu a amei. Por outro lado se me é dito, "a liberdade mora no amor", que amor então me libertará?
Eu vivo a liberdade daquilo que penso ser a liberdade. E tudo encerrado numa prisão habitada por desejos, vontades, insatisfações e culpas que jamais poderão ser resolvidas, porque memórias arrancadas à força da minha carne.
Mas, assim como quem enfeita a cabeça com livros ao invés de "enfiá-los" dentro da cabeça, igual faço quando penso que a liberdade está em mim feito as letras que estão soltas impressas no livro. Ledo engano!, as palavras estão atadas com precisão cirúrgica ao papel, e ainda vejo, a liberdade não é um doce enlatado que se come depois de passado o aniversário, pois que todo gosto e prazer de todo açucar se acabam, tenha você o comido antes, durante ou depois daquele ocorrido. A liberdade permanece e se transmuta. A minha liberdade de ontem não é a mesma de hoje. Hoje posso não me dar à mesma liberdade de amar um pessoa igual ontem eu a amei. Por outro lado se me é dito, "a liberdade mora no amor", que amor então me libertará?
Eu penso que posso praticar a liberdade e em verdade a pratico.
Mas o que é a liberdade quando sei que as horas estão contadas e a espera é inevitável?
Sobre uma esteira de indagações, eis como anda minha liberdade, porque sei, eu vivo a liberdade, ela tem um preço alto, muito alto..
Mas se eu tenho que comprá-la, então não é a liberdade.
Eis minha liberdade.
28.12.2016
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