segunda-feira, 27 de outubro de 2014

CICLOVIA, ESPAÇO ROUBADO E A FEIRA DE ARTES DA PRAÇA DA REPÚBLICA


Este texto está publicado na página da rede social Facebook, com fotos em:
República Domingo Feira De Arte Cultura e Lazer Revitalizada - https://www.facebook.com/media/set/?set=a.898294816865665.1073741920.518180998210384&type=1
A página registra os acontecimentos relacionados à praça nos últimos anos. Chama a atenção para a importância do trabalho que ali se realiza, e da necessidade de se atender aos apelos dos trabalhadores-expositores e frequentadores com relação a melhorias concretas e permanentes.
É uma página de registro de acontecimentos, e tem como objetivo futuro se transformar num veículo de UNIÃO e ativo portal de propaganda para as atividades que hão de se realizar na Feira.. 
Acesse a página, leia atentamente os registros, e pense. Talvez assim, todos NÓS, juntos, possamos tomar uma atitude para cobrarmos o que nos é devido.

Todos nós, que vivemos na cidade de São Paulo, sabemos, ela tem uma dinâmica própria e se transforma continuamente, fazendo modificar a paisagem ao nosso redor, seja praça, travessa, rua ou avenida.
O crescimento da cidade, que nasceu e segue aumentando sem planejamento eficaz, obriga o cidadão a se adaptar a estas transformações, transformações estas nem sempre favoráveis a todos incondicionalmente. Como não há um planejamento pré-estabelecido, a cidade se avoluma e naturalmente pede novos equipamentos que a população passa a sentir que são benéficos e, como dito, a falta de um planejamento eficaz leva a improvisação na implantação destes "benefícios". 
Sabe-se que na atualidade, em todo o mundo, as grandes capitais têm investido no bem-estar dos seus habitantes, com os governantes defendendo a bandeira da sustentabilidade do meio ambiente, etc, e São Paulo, com seus mais de 11 milhões de habitantes, não é diferente.
E uma das apostas que qualquer prefeito inteligente pode fazer e ganhar na certa, é justamente investir na demarcação de quilômetros e quilômetros de ciclovias. É certeza de que por esta via o alcaide ganhará a simpatia de uma  parte do eleitorado.
Pois bem, o que até agora foi exposto é a clareza com que aplaudimos os projetos que trazem bem-estar, ainda que em certos casos a parcela atingida da população seja pequena. Nós temos a certeza de que dentro da Feira de Artes da Praça da República já está implantado um projeto que pode beneficiar milhares de pessoas, e não somente uma parte privilegiada da população. Mas esse projeto não deslancha por falta de boa vontade política e UNIÃO da classe.
Uma vez isto claro, vamos à questão: o ponto de vista é o de um trabalhador-expositor da Feira de Artes que sabe que o ano é composto de 52 domingos, e para todos os que sobrevivem, direta ou indiretamente da Feira, o Domingo é um dia sagrado, porque um dia Único na semana. As observações que fazemos aqui não as fazemos em nome de TODOS, mas todos sabem que falamos com toda a razão.
Em 19 de novembro de 2012, esta página, -que desde o dia 11/11/2012 vem publicando os erros e acertos que acontecem na Feira - denunciou a arbitrariedade a que fomos submetidos, tanto os expositores  quanto os frequentadores da feira,  quando da súbita criação e feitura da ciclovia-Bradesco, rodando ao lado de duas  laterais da Praça, na faixa da calçada, eliminando a possibilidade de qualquer carro estacionar.
Ao longo da calçada o expositor parava seu veículo para então poder carregar e descarregar seu equipamento e produto de trabalho. E havia rodízio de clientes que chegavam para comprar, um seguido de outro. Com a instalação da ciclovia, tudo isso acabou de uma semana para a outra.
E o que ficou claro entre todos nós, é de que não houve indignação ou "protesto" contra a ciclovia em si, mas sim o dissabor com relação ao desrespeito com que fomos tratados mais uma vez, sem nenhum aviso ou preparação para esta mudança.
Agora estamos em 19 de outubro de 2014, e as fotos deste domingo relatam, mais uma vez, o modo desrespeitoso com que somos tratados. Mais uma vez perdemos nosso espaço e mais uma vez perdemos nossa DIGNIDADE, porque nos tratam como se não existíssemos. E olha que temos a Subprefeitura da Sé sob o comando do Sr. Alcides Amazonas, que bem conhece os problemas relacionados à Praça. E também temos Sr. Claudio Aparecido Cobos, conhecido coordenador das feiras-livres da Capital. Ouvimos os boatos, o ponto de táxi frente ao artesanato ser removido, até se concretizar, do noite para o dia, as faixas vermelhas da ciclovia, nos impedindo de qualquer movimento. Veja as fotos. Os que chegavam de madrugada, entre 3 e 5 da madrugada, ficaram a ver navios, ou melhor, sem ter onde parar e sem saber a razão da mudança.
Nenhum aviso, nenhum diálogo, nenhuma pergunta, se seria bom, melhor ou pior, nenhuma pesquisa para saber se seríamos prejudicados ou não pela ciclovia, já que ela só "abre" aos domingos, e todos sabem, a Feira de Artes está na na Praça há mais de 50 anos! Aos domingos!
Durante o correr deste domingo, 19, o espanto por parte de grande maioria, já que a agora instalada ciclovia "fecha" a feira, tanto na parte das artes plásticas, quanto no artesanato, pedrarias e área de alimentação. Além de trazer transtornos a todos nós, pois que perdemos espaço, damos como exemplo uma colega da feira: a partir de agora ela terá de desembolsar R$ 20,00 de diária no estacionamento, mais R$20,00 pelo carreto = R$ 40,00. Some-se combústivel, alimentação, taxa de segurança particular e fica claro: gastar-se-á no final do dia no mínimo R$ 100,00. É preciso ter certeza de que se vai vender essa quantia, mas com o movimento que temos tido em face da má administração da Feira...  fica difícil. E não se pense que é  choradeira, há casos de o artista ficar semanas sem vendas líquidas.
E tudo o que precisávamos era de uma Audiência, onde nossa carências pudessem ser ouvidas e as promessa feitas realizadas. E tivemos uma Audiência, acontecida em 19/09/2014, na Câmara Municipal, com a presença do deputado Orlando Silva -que foi eleito com mais de 90.000 votos, sem dúvida com parte deles advindos da importante Lei do Artista de Rua., dirigida pelo Sr. Claudio Aparecido Cobos e encabeçada pelo subprefeito da Sé, Sr. Alcides Amazonas. Como nas audiências públicas, todos fizeram as suas queixas e demandas, e por nós foi lembrada a instalação da ciclovia ao lado da calçada, mas, agora sabemos, o Sr. Subprefeito já sabia da futura expansão da ciclovia, roubando-nos ainda mais espaço. Então, audîência para quê: Pra boi dormir?:
E se se quiser saber o que precisamos, basta perguntar a qualquer artista-expositor-trabalhador da Praça e de imediato ele irá citar de pronto o que de fato  e de direito precisamos para termos a clientela e movimento de volta:
! - Policiamento permanente, com policiais na base física instalada na Praça e real entrosamento com os trabalhadores da praça.
2 - Banheiros públicos químicos.
3 - Limpeza antecipada, com lavagem das calçadas, corredores e, principalmente, da Praça de alimentação.
4 - Veiculação e propaganda da feira nos periódicos e veículos impressos da prefeitura;
5 - Regularização de uma forma de estacionamento que facilite o expositor no seu trabalho de descarregar e carregar seu material.
6 - ...
E poderíamos estender a lista, uma vez que precisamos de ações permanentes com foco na reabilitação e revitalização deste tão importante espaço no coração da cidade. Somente com estas ações práticas poderemos nos unir novamente em torno de um objetivo comum, qual seja, o de ter de volta os frequentadores que estão em busca de arte, lazer e cultura. E isto só acontecerá quando nós, junto à boa vontade política, formos à luta.
Esta página continuará, até onde for possível, a dar notícias com relação ao que de relevante acontecer dentro da  Feira de Artes.
A página é aberta a toda e qualquer manifestação, seja ela favorável ou não.
A ideia primeira é a Revitalização do espaço Praça da República, enquanto ponto de convergência para os 11 milhões de moradores dos quatro cantos desta cidade. E turistas.
Arte, Lazer e Cultura  para todos.



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