quinta-feira, 19 de junho de 2014

DOMINGO


Uma única vez a vi.
Entre as folhagens verdes de um certo domingo;

Nossos olhos coincidiram palavras,
Nossas bocas disseram o exato que era para ser dito
Um ao outro concordando consonâncias verbais.

Longa longilínea gregas linhas
De beleza vestida d'um certo mistério vestal,
Um certo mistério que só poucas mulheres vestem,
Já o teu nome em mim mantra e ritual
Veneranda antiga que és na escrita do teu nome.

E se mistério,
Não há o que definir o quê.
A não ser que seja falar
Um mistério envolvente, humano, feminino
Cálido sentimento a se debruçar sobre o desconhecido.

Para ainda uma vez mais te ver
Na mesma alameda onde  não há sombra de medo,
Ao contrário, estendei os lençóis do altar,
Me atrai desse mistério
A mulher que guardas para mim em segredo.

19.06.2014

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