Vejo-a.
Está próxima
Guia na beirada da calçada
Salamandras dançando arlequinadas
Línguas de fogo lambendo o éter do existir
As paredes das casas dos homens cobertas de cascas
Entre dedos a areia dos dias se esvaindo.
Tudo neste universo se resume a uma bolota de pó prensada.
Tudo neste universo é sombra que se dissipa em si mesma.
Ei-la:
Vem pelo ar
Desce as cachoeiras
Navega nuvens
Faz e desfaz oceanos d'água.
E engole os homens
Igual um lobo que destroça uma ovelha.
Mas é a vida
Aqui a fila não pára.
E nada
É o fim:
Se é circular
-E o é-
Não cessa.
25.04.2014
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