MORRER
Deve ser como dormir aqui
E acordar sendo outro noutro lugar,
Haja visto,
Sem carne e sangue na mistura,
Será outro ser
Ser
Outro será o que acordar,
Aquele que dará por si
Quando não tiver mais sua casinha de barro temporária,
A morada da carne e do sangue.
Se ao acordar e olhar para si,
-Para mim mesmo olhando-,
E perceber,
-Em dentro em mim percebendo o antes e aquele agora-,
O que hei de perceber é que
O que era antes era outro, era de lama
Dele fazia parte entranhas de carne e sangue.
Agora não:
O que sou
-Seja lá o que sou quando for e o que for-,
Assim certamente hei de pensar,
Sou outro sendo o eu que fui um dia.
20.10.2013
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