quinta-feira, 1 de agosto de 2013

SEGUNDA REZA
"Um beijo de carne e osso - molhado."

Fardos inúteis é o que eis de carregar,
Sobre tuas coxas a desordem do sexo
Tornada mania a ninfa em promiscuidade a linfa
Sim, secará tua vagina em vígilias de solidão
A mesma que dia e noite te acompanha
E dia e noite será o teu tormento
Onde quer que estejas
Para onde quer que te exiles ou vá tua viagem.
E não saberás o sentido
Nem do norte nem do sul.

E de pedras serão tuas trilhas e caminhos.
E tua grande cicatriz se engordará de frustrações.

A mentira do amor sexo altruísta será a tua recompensa.
E se estiveres em terra a terra te machucará
E se estiveres no mar o mar te ferirá.
E se estiveres no ar o ar te será nefasto.
E verás que não é bom querer manipular quem não pode ser manipulado.

E todo gozo do teu baixo ventre há de tornar-se dor.
E a voz do mar será a teus ouvidos tortura de quem geme e chora.
E o cantar dos pássaros uma algaravia de insensatez e desvios.

E as cores reverberar-te-ão escuras e pintadas de malogros.

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