quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PROPOSIÇÃO PRÓ-VIDA
   "...Cicatrizes expostas cicatrizadas..."

Se me lês,
É é o que fazes agora
             E testemunho
É porque se quer saber
Desse alguém de quem se foi alguém
O sempre se saber
De mim e de ti o pulsar
No vento e no ventre a atração
E a repulsão menos que um jogo
Um destino
Mais que uma brincadeira de palavras
O mapa da mina de um cálice de ouro.

Está para além da reza,
Tem, sim,
Da magia generosos frutos
Daqueles que se comem e não pesam 
E somam 4+4
Completa ausência de demagogia.

E eu sei bem que és capaz
De entender do ofício de se dar e servir
E que sobremaneira sabes
Podes fugir a isso
Não podes.

Antes face a face
E amar
Que na distância 
E se destruir.

E há de vir com luz
Não como d'outra vez
Sem rumo no escuro num buraco buscando carinho,
A boca supurando pus
Hálito tão sujo que o havia notado a própria cria,
Fétido como uma fossa o bafo 
O beijo misturado ao escarro,
A pele seca, a adormecida embriaguez,
A tristeza de alguém que de alguma maneira foi rejeitada,
Sabe-se lá se na rua, na zona ou na morada,
Em minha casa à meia-noite em busca de refúgio.

E ainda tive que sentir tesão.

E tudo percebi
E cedi porque assim o havia de ser
Assim como há de ser bem
O bem que se nos guarda no cálice já servido.

Só há dois quadros, meu amor,
Um preto
E um branco.
O bem e o mal.

Não são os dez quilos a mais,
Menos ainda a cicatriz
Nem da coluna o entrave,
Que com o ronco se ri.

Outra?






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