quinta-feira, 27 de junho de 2013

OS VÂNDALOS DO POLEIRO

Fossem só estes sinais ridículos que se espalham pelas ruas,
Uns completamente desnorteados,
Outros perdidos mesmo,
Todos ao mesmo tempo reunidos
Dobrados a uma força
Ao meu comando
A mão que desenha o destino desta linha escrita.

Assim parecem, galináceos que no meio da noite espertam,
E de seus poleiros saltam ao som de bombas,
Tiros de fuzil e borracha, bombas de gás lacrimogêneo,
Bombas de efeito moral, ouçam: "bombas de efeito moral",
E vede, o efeito de tudo isto é real,
E num átimo de segundo
Tudo a um só tempo acontecendo
Caixa de Pandora se partindo,
Num repente rompante de repente descobrimos:
Temos uma Presidenta, um Senado,
Um Congresso, Câmaras de Deputados e Vereadores,
Temers, Renãs, e  até mesmo lá nos fundos da província,
Por corrupção foi preso um Don deputado,
Foi mais ou menos assim,
Roubou 8 milhões há tempos,
Corrigidos valeriam hoje 58.
Milhões. Faz tempo, muito tempo.

Razões são às centenas,
De fato a classe média endoideceu,
Influência sabe-se lá se de Urano, Netuno ou Saturno,
A dita classe comprou bombas também,
Rojões, paus, pedaços do que aparecesse e pedras.
E foi pra rua, endoideceu mesmo, a
Arrebentou barreiras,
Invadiu  palácios, acendeu fogueiras,
Em um despertar furioso e furibundo.

Agora todo mundo tá querendo colocar ordem no poleiro.
Inclusive o governo, todos mortos -se cagando- de medo.

27.06.2013



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