quinta-feira, 13 de junho de 2013
O OUTONO DO VINAGRE
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Quando a primavera chegar,
O outono do vinagre será passado,
E de passagem na catraca do tempo
Terá sido o inverno queimado
Pelas ruas e avenidas do centro,
O lamento das massas tornado grito
Na garganta entre cassetetes, fumaça
Pelo ar ares de violência aos céus subindo,
Em descenso a democracia
Bueiro adentro se escorrendo.
Sangue suor dor tormento,
Novamente o povo nas ruas
Outono do vinagre 2013,
Paulista Consolação Centro
O mesmo sentido d'outras vezes,
Augusta liberdade em movimento
Passe livre entre caminhos e jardins
Brasil desdobrar de um novo advento.
Quando a primavera chegar,
Da queda todo esforço terá valido a pena;
A corrente no asfalto levantada a força,
Não terá sido vã a flor em rebento,
Espalhado à volta o asco do veneno,
Tiros bombas pimenta gás lacrimogêneo,
Ao contrário, trará em si a medida exata,
Em cada cidadão somado o consenso,
O direito de as pessoas irem e virem
Sem que para isso se derrame,
Face à violência do cruento poder,
Sangue suor dor e tormento.
13/14.06.2013**
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