DESCAMINHO
Há muito já o sei
Escrito está em pergaminho
Não nasci torto
Me entortei sozinho.
Saí dos trilhos
Descarrilhei o trem dos meus dias
Sou vago igual vagão vazio
E vago feito cometa sem rota.
De assim ser
Verbo ao mar amar que em si se esgota,
Escrevi versos sem sentido
E de estar em alguma direção
Sem direção sigo coração compungido.
Retorci o vento e a palavra
Derramei da fonte o sangue,
Água de beber entornei do vaso
E de cada hora vivida
Toda hora em minha vida virou mero acaso.
E ninguém pelos meus desvios é culpado
Nenhum deus nem o diabo,
Menos ainda os que andam
E os que haverão de andar a meu lado.
Arco de pé meus atos e desatinos
Que amanhã,
Sei,
Estará em trânsito o julgado.
Só
E nada mais.
22/01/2013
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