PERDIDA
Te vejo entre quatro paredes nuas sujas,
Tua nudez exposta às janelas e portas fechadas,
Trancadas as entradas e saídas da mente,
Vida tornada uma ilha
Inteira cercada de lágrimas ressequidas,
Feridas que se fecham ao anoitecer
E voltam a se abrir ao primeiro raiar do dia.
Assim te vejo,
Muda como uma pedra ao sol,
Ao vento desolada pregada à terra,
Partida ao meio por alguma cisma,
De si mesma ao canto abandonada.
6 de setembro de 2011
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