ITAMOGI
(Um dia após retornar da cidade natal, l978)
Terra que consumiu
E se deixou marcar
Pelos rastros e signos
Daqueles que dantes
Me foram caros e queridos.
Terra,
Em teu seio tenro e quente
Estão guardadas minhas origens,
Mistérios que se desabrocham em flores
Para se transmutarem no alimento
Que fortalece corpo e alma.
Se vivo estou,
Muito te devo e quero;
Rio de pedras que és,
Deixa que este filho descanse
E se deposite -pó e cinzas-
Sobre tuas planícies, Itamogi.
Publicado originalmente em 1979 no livro
"Reflexos do Espelho Existencial' 'Poemas do Absurdo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário