quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


ITAMOGI
(Um dia após retornar da cidade natal, l978)

Terra que consumiu
E se deixou marcar
Pelos rastros e signos
Daqueles que dantes
Me foram caros e queridos.

Terra,
Em teu seio tenro e quente
Estão guardadas minhas origens,
Mistérios que se desabrocham em flores
Para se transmutarem no alimento
Que fortalece corpo e alma.

Se vivo estou,
Muito te devo e quero;
Rio de pedras que és,
Deixa que este filho descanse
E se deposite -pó e cinzas-
Sobre tuas planícies, Itamogi.

Publicado originalmente em 1979 no livro 
"Reflexos do Espelho Existencial' 'Poemas do Absurdo".

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