ESPERA
Perdi a conta dos segundos e minutos que te espero
E é uma longa espera
Perdi a conta das horas e dias que te espero
E é uma contínua espera
Perdi a conta das semanas e meses que te espero
E é uma prolongada espera
Perdi a conta dos anos e tempos que te espero
E é uma interminável espera
Perdi meus cabelos
Perdi minhas raízes
Fecharam-se-me cicatrizes
Soltei-me ao vento das tempestades
Dancei as reviravoltas da vida
E tudo o mais do existir bebi
E tudo por te esperar
E de te esperar perdi constelações
E sumiram da vista os sóis da via láctea
Entre ondas de fogo queimou-se a flor do meu desejo
Para na manhã seguinte fênix
Ferida em brasa a chama da espera renascer
E eu, que não creio dessa vida a eternidade
Bebendo e bêbado de poemas e dias adversos
Dentro do tempo dos tempos imerso
Impassível te espero.
28.02.2009
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