AGUARDO
Quatro, cinco da madrugada,
Atento vigio todas as portas
Aguço os ouvidos para ouvir bem,
E qualquer ruído é tenso,
O esperar que você entre por uma delas,
Todas as portas abertas
Cinco e meia, seis da manhã
O sol vazando pelas janelas,
É mais um dia,
E para meu espanto vou vivê-lo,
Ainda que sem nenhum encanto
Até o fim irei vivê-lo,
Nos corredores, no quintal,
Em cada cômodo vazio de sentido te chamando,
Pelos cantos a me encolher,
Feito um cão no pátio abandonado,
Sem saber o que fazer,
Nada entendendo da situação,
Sem entender,
Esperando,
Sem entender,
Esperando o inesperado.
27 de abril de 2011
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